quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Três pontos em Natal estão impróprios para banho, aponta IFRN

Segundo boletim, Ponta Negra, Mãe Luíza e Redinha devem ser evitados.
Análises são feitas em 31 pontos do litoral potiguar e vale por sete dias.



O boletim de balneabilidade das praias do litoral de Natal e Região Metropolitana emitido nesta sexta-feira (26) aponta que três pontos estão impróprios para banho. O relatório é feito pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN) e, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).
Dos 31 locais verificados, Ponta Negra (final do calçadão), Mãe Luíza e Redinha (rio Potengi) são os pontos em que, segundo o boletim, o contato com a água deve ser evitado.
Os trechos analisados estão distribuídos entre as praias de Tabatinga, em Nísia Floresta, até a praia de Pitangui, em Extremoz.
Além do Idema e IFRN, outras entidades fazem parte do programa Água Azul: Secretaria de Recursos Hídricos do Governo do Estado, Instituto de Gestão das Águas do Estado (Igarn), Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa). A análise é válida por sete dias.

Revista encontra 50 facas e 22 litros de cachaça no maior presídio do RN

Revista foi realizada nesta terça (6) após denúncia de que haveria fuga.
Segundo direção, mais de 70 presos serão ouvidos em inquérito.



Policiais militares do BPChoque e agentes da Penitenciária Estadual de Alcaçuz – maior unidade prisional do Rio Grande do Norte – apreenderam nesta terça-feira (6) mais de 22 litros de cachaça, 50 facas artesanais, 10 cachimbos para o fumo de entorpecentes, 10 papelotes de maconha e crack, três 'teresas' (cordas improvisadas) e vários chips de telefone celular de diversas operadoras escondidos dentro de nove celas do Pavilhão 1. Segundo Dinorá Simas, diretora da penitenciária, a revista foi realizada após denúncias de que uma fuga em massa estaria sendo planejada pelos detentos.


Alcaçuz possui outros quatro pavilhões e abriga atualmente quase mil homens condenados pelos mais diversos crimes. “Apenas no Pavilhão 1 estão 176 detentos, todos considerados de alta periculosidade. Vamos instaurar uma sindicância e 70 presos serão ouvidos para tentarmos identificar os responsáveis pela entrada e posse deste material ilícito”, afirmou Dinorá.

Túnel
No dia 12 de junho, denúncias anônimas também levaram a guarda da penitenciária a realizar uma busca na unidade. Na ocasião, os agentes descobriram um túnel com aproximadamente 7 metros de comprimento escavado a partir de uma das celas do Pavilhão 3, onde são mantidos mais de 130 presos. "Seis presos custodiados na cela 10 da ala A, de onde partiu a escavação, foram removidos para o setor de isolamento e serão responsabilizados. Baldes foram encontrados dentro do buraco recolhidos pelos agentes", contou Dinorá.
Alcaçuz

A Penitenciária Estadual de Alcaçuz, localizada no município de Nísia Floresta, na Grande Natal, possui hoje 749 homens, além de outros 350 detentos que estão custodiados no Pavilhão Rogério Coutinho Madruga (Pavilhão 5), anexo da unidade. A penitenciária foi liberada para receber novos presos em outubro do ano passado, após passar dois meses interditada pela Justiça em razão da falta de estrutura física e deficiência na segurança.


Cinco suspeitos de integrar grupo de extermínio no RN já foram soltos

Operação Hecatombe, da Polícia Federal, foi deflagrada dia 6 de agosto.
Entre os 22 envolvidos, suspeitos de mais de 20 homicídios, 10 são PMs.



A Justiça soltou cinco dos 22 homens presos pela Polícia Federal durante a operação Hecatombe – deflagrada pela Polícia Federal no último dia 6 de agosto. Os suspeitos são apontados como integrantes de um suposto grupo de extermínio que teria matado mais de 20 pessoas no Rio Grande do Norte. A libertação dos cinco suspeitos foi confirmada pela juíza Denise Léa Sacramento Aquino, titular da comarca de São Gonçalo do Amarante, cidade da Grande Natal.

Inicialmente, a PF divulgou que foram cumpridos 21 mandados de prisão, mas a própria juíza esclareceu, nesta quarta-feira (28), que o número correto de presos é 22, pois um policial militar acabou sendo detido o cumprimento dos mandados de busca e apreensão. Com isso, são 10 os PMs envolvidos, e não nove, como informado anteriormente.
Ainda de acordo com a magistrada, dos cinco suspeitos libertados quatro foram soltos porque já cumpriram o prazo estipulado de cinco dias de prisão temporária. Para o outro, cujo mandado foi de 30 dias, a própria juíza antecipou a soltura ao conceder relaxamento de prisão. A juíza também revelou que os cinco suspeitos soltos não foram apontados como participantes diretos dos homicídios, mas como 'formação de milícia particular'.
Hecatombe
A operação Hecatombe, deflagrada no dia 6 de agosto, recebeu este nome em referência ao sacrifício coletivo de muitas vítimas. Naquele dia, 17 pessoas foram presas. Entre elas, sete policiais militares.
No dia seguinte, uma pessoa se apresentou e também ficou detida. No dia 13, o soldado da PM Rosivaldo Azevedo Maciel Fernandes, que há três anos foi reformado por apresentar problemas psicológicos, também se entregou à PF. Ele nega as acusações. No mesmo dia, um ex-PM suspeito de também participar do suposto grupo de extermínio foi preso na zona Norte de Natal.
No dia 22, em Macaíba, a PF conseguiu prender o último suspeito. Até então foragido, o segurança Márcio Valério de Medeiros Dantas, de 33 anos, foi encontrado após os agentes receberem uma ligação anônima. Ele nega qualquer envolvimento nos crimes.
A operação foi realizada nos municipios de Natal, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim eCerro Corá. Ao todo, participaram da ação 215 policiais federais, sendo que 30 deles são do Comando de Operações Táticas Especializado em Operações de Alto Risco, de Brasília. Ao todo, ainda foram apreendidas 29 armas, entre revólveres, pistolas, espingardas e um fuzil. Além disso, mais de 11 mil munições também foram encontradas.
De acordo com o delegado Alexandre Ramagem, da Divisão de Direitos Humanos da PF, uma delegada de Polícia Civil, um promotor de Justiça e um agente da Polícia Federal estariam marcados para morrer.
Alguns dos investigados possuem antecedentes por homicídio. Um dos suspeitos já foi preso em posse de diversas armas de fogo, supostamente utilizadas nos assassinatos.
Todos os presos devem responder por crimes de homicídio qualificado praticado por grupos de extermínio e constituição de grupo de extermínio. As penas máximas dos crimes cometidos pelos principais integrantes do grupo podem chegar a 395 anos de prisão.
A operação contou com o apoio da Coordenação de Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social do RN.

Casos de tétano no RN preocupam Secretaria Estadual de Saúde

Entre 2007 e 2013, a doença provocou 13 mortes no Rio Grande do Norte.
No período de 6 anos e meio foram notificados um total de 78 casos.



Os seis casos de tétano confirmados no Rio Grande do Norte neste ano têm preocupado a Secretário de Estado de Saúde Pública (Sesap). O número já é igual ao registrado em todo o ano passado. De acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação Estadual (Sinan), no período de 2007 até junho deste ano, 13 pessoas morrreram de tétano no RN. No período de seis anos e meio foram notificados um total de 78 casos suspeitos da doença, com confirmação de 48.

“Esse número é preocupante em se tratando de uma doença que se pode prevenir por meio de vacina disponibilizada gratuitamente à população, em todos os postos de vacinação dos 167 municípios norte-rio-grandenses”, alerta a médica infectologista Milena Martins, diretora do Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, unidade referência no tratamento dos casos de tétano no estado junto com o Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró, na região Oeste potiguar.
A diretora explica que se a vacina do tétano não for tomada a tempo, o tratamento pode ser longo. O paciente pode permanecer em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por uma média de 60 dias. “Além de doloroso para o paciente, que poderia ficar livre com uma vacina de R$ 0,57, o tratamento é oneroso, podendo custar até R$ 30 mil por paciente internado”, diz.
É o caso de um paciente de 64 anos, que há dois dias foi transferido de Mossoró para a UTI do Hospital Giselda Trigueiro. Internado em estado grave, o paciente fez uma traqueostomia e está com ventilação mecânica. Ele pode ficar até dois meses no hospital. O paciente é caçador e contraiu tétano ao se cortar em uma madeira.
Vacina
A vacina está à disposição da população a partir dos dois meses de vida de forma gratuita nos postos de vacinação. A imunização básica contra o tétano consiste na aplicação de três doses, com intervalo de dois meses entre a primeira e a segunda. Já a terceira dose, com intervalo de seis a 12 meses após a segunda.
No esquema de vacinação, as crianças até cinco anos devem receber a vacina tríplice contra tétano e a partir dessa idade, a vacina dupla (contra difteria e tétano). A vacina também é recomendada para os adultos e pode ser obtida em qualquer posto de saúde. Uma dose de reforço deve ser tomada a cada dez anos para garantir a proteção contra a doença.

Com relação às gestantes, o esquema de vacinação compreende a aplicação de duas doses, a partir do quarto mês de gestação, com intervalo de dois meses entre as mesmas. Para proteção adequada da mãe e prevenção do tétano neonatal em gestação futura, é importante a aplicação de uma terceira dose, que deverá ser feita seis meses após a segunda.

Quando a gestante já tiver recebido as três doses, ainda é recomendado aplicar uma dose de reforço se a última tiver sido aplicada há mais de cinco anos.

A revacinação deve ser realizada a cada 10 anos, ou quando houver indicação em decorrência de ferimentos. “Deve-se manter o esquema de vacinação em dia. Muitos adultos jamais tomaram a vacina dupla contra tétano e difteria e, mesmo os que já tomaram, costumam esquecer-se das doses de reforço”, afirma a infectologista Milena Martins.

O diagnóstico ágil e preciso faz toda a diferença para o paciente, conforme explica Martins. Isso porque o tempo de incubação da bactéria varia de 3 a 21 dias e quanto menor for esse tempo, maior a gravidade e pior o prognóstico. “Depois de um corte ou acidente, é recomendado procurar imediatamente uma unidade de saúde, principalmente se a vítima sentir sintomas como rigidez muscular no corpo", informa.




Colapso no abastecimento de água atinge 11 cidades do RN

Chuvas não foram suficientes para encher os mananciais potiguares.
Perspectiva do governo é que número aumente no segundo semestre.



A falta de chuvas e os baixos níveis nos reservatórios de água gerou colapsos no abastecimento de 11 cidades atendidas pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). A perspectiva da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) é que esse número aumente no segundo semestre, quando as chuvas tendem a diminuir. A Caern atende 153 dos 167 municípios do RN.

As cidades com serviços paralisados estão concentradas nas regiões Oeste e Seridó do estado. Atualmente sofrem com o colapso no abastecimento os municípios de Luís Gomes, Pilões, Água Nova, São Francisco do Oeste, Ipueira, Equador, São José do Seridó,  Jucurutu, Riacho de Santana, João Dias e Carnaúba dos Dantas. 

O gerente regional da Caern no Seridó, José Nilson Araújo, disse que as comportas da barragem Coremas (PB) foram abertas há 16 dias e espera que a água chegue até o final desta semana para religar o abastecimento de Jucurutu.

A coordenadora de Gestão de Recursos Hídricos da Semarh, Joana D'arc Freire de Medeiros, explica praticamente todos os reservatórios do estado estão sofrendo perdas quanto aos níveis de água. "No período chuvoso alguns melhoraram a situação, mas outros não. A tendência é que todos diminuam no segundo semestre", analisa. De acordo com a coordenadora, a recomendação é que os moradores tenham cuidados no uso da água, evitando desperdícios.

Diversos reservatórios estão com níveis considerados alarmantes pela Semarh. Os reservatórios de Zangarelhas e Cruzeta, por exemplo, apresentam índices de 7,66% e 6,51%. Ambos estão localizados na Bacia Piranhas/Açu. "Estão praticamente vazios", ressalta a coordenadora de Gestão de Recursos Hídricos. No reservatório Itans, que abastece cidades da região Seridó, o nível é de 18,2%.

Defesa Civil quer prorrogar estado de emergência da seca no RN


A Defesa Civil do Rio Grande do Norte vai pedir a renovação do estado de emergência nas cidades atingidas pela seca no estado. Em decreto assinado pela governadora Rosalba Ciarlini no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 16 de março deste ano, 144 municípios foram colocados na lista, o que corresponde a 86% do total de 167 cidades potiguares.

A assessoria técnica da Defesa Civil prepara o parecer que será enviado para a governadora Rosalba Ciarlini com a lista de municípios que terão o estado de emergência renovado, ou decretado. De acordo com o tenente-coronel Josenildo Acioli, coordenador estadual do órgão, a determinação assinada em março vence no dia 15 de setembro. "Vamos sugerir a assinatura de um novo decreto

Acioli explica que além das 144 cidades que tiveram o estado de emergência decretada pelo Estado, seis cidades potiguares solicitaram ao governo federal a entrada na lista de municípios em situação de emergência. "As cidades de Espírito Santo, Jundiá, Montanhas, Pureza, Pedro Velho e Várzea fizeram solicitações. Com essas seis, o estado tem 150 municípios em situação de emergência", explica.

A falta de chuvas gerou colapso no abastecimento de 11 das 153 cidades potiguares atendidas pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). A tendência é que a situação piore. AoG1, coordenadora de Gestão de Recursos Hídricos da Semarh, Joana D'arc Freire de Medeiros, explicou que praticamente todos os reservatórios do estado estão sofrendo perdas quanto aos níveis de água.

"No período chuvoso alguns melhoraram a situação, mas outros não. A tendência é que todos diminuam no segundo semestre", analisa. De acordo com a coordenadora, a recomendação é que os moradores tenham cuidados no uso da água, evitando desperdícios. A Defesa Civil atende atualmente 28 cidades com carros-pipa para ajudar no abastecimento. Outros 109 municípios estão sob a responsabilidade do Exército.
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