quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Cinco suspeitos de integrar grupo de extermínio no RN já foram soltos

Operação Hecatombe, da Polícia Federal, foi deflagrada dia 6 de agosto.
Entre os 22 envolvidos, suspeitos de mais de 20 homicídios, 10 são PMs.



A Justiça soltou cinco dos 22 homens presos pela Polícia Federal durante a operação Hecatombe – deflagrada pela Polícia Federal no último dia 6 de agosto. Os suspeitos são apontados como integrantes de um suposto grupo de extermínio que teria matado mais de 20 pessoas no Rio Grande do Norte. A libertação dos cinco suspeitos foi confirmada pela juíza Denise Léa Sacramento Aquino, titular da comarca de São Gonçalo do Amarante, cidade da Grande Natal.

Inicialmente, a PF divulgou que foram cumpridos 21 mandados de prisão, mas a própria juíza esclareceu, nesta quarta-feira (28), que o número correto de presos é 22, pois um policial militar acabou sendo detido o cumprimento dos mandados de busca e apreensão. Com isso, são 10 os PMs envolvidos, e não nove, como informado anteriormente.
Ainda de acordo com a magistrada, dos cinco suspeitos libertados quatro foram soltos porque já cumpriram o prazo estipulado de cinco dias de prisão temporária. Para o outro, cujo mandado foi de 30 dias, a própria juíza antecipou a soltura ao conceder relaxamento de prisão. A juíza também revelou que os cinco suspeitos soltos não foram apontados como participantes diretos dos homicídios, mas como 'formação de milícia particular'.
Hecatombe
A operação Hecatombe, deflagrada no dia 6 de agosto, recebeu este nome em referência ao sacrifício coletivo de muitas vítimas. Naquele dia, 17 pessoas foram presas. Entre elas, sete policiais militares.
No dia seguinte, uma pessoa se apresentou e também ficou detida. No dia 13, o soldado da PM Rosivaldo Azevedo Maciel Fernandes, que há três anos foi reformado por apresentar problemas psicológicos, também se entregou à PF. Ele nega as acusações. No mesmo dia, um ex-PM suspeito de também participar do suposto grupo de extermínio foi preso na zona Norte de Natal.
No dia 22, em Macaíba, a PF conseguiu prender o último suspeito. Até então foragido, o segurança Márcio Valério de Medeiros Dantas, de 33 anos, foi encontrado após os agentes receberem uma ligação anônima. Ele nega qualquer envolvimento nos crimes.
A operação foi realizada nos municipios de Natal, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim eCerro Corá. Ao todo, participaram da ação 215 policiais federais, sendo que 30 deles são do Comando de Operações Táticas Especializado em Operações de Alto Risco, de Brasília. Ao todo, ainda foram apreendidas 29 armas, entre revólveres, pistolas, espingardas e um fuzil. Além disso, mais de 11 mil munições também foram encontradas.
De acordo com o delegado Alexandre Ramagem, da Divisão de Direitos Humanos da PF, uma delegada de Polícia Civil, um promotor de Justiça e um agente da Polícia Federal estariam marcados para morrer.
Alguns dos investigados possuem antecedentes por homicídio. Um dos suspeitos já foi preso em posse de diversas armas de fogo, supostamente utilizadas nos assassinatos.
Todos os presos devem responder por crimes de homicídio qualificado praticado por grupos de extermínio e constituição de grupo de extermínio. As penas máximas dos crimes cometidos pelos principais integrantes do grupo podem chegar a 395 anos de prisão.
A operação contou com o apoio da Coordenação de Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social do RN.

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