sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Presidente do STJD vê Brasileirão em risco: "Se movimento continuar, não vai ter Campeonato"

Em entrevista ao jornal Extra, Flávio Zveiter criticou o excesso de ações na Justiça Comum

Flávio Zveiter criticou o excesso de ações na Justiça Comum

O presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Flávio Zveiter, criticou o excesso de ações de torcedores na Justiça Comum para reverter a decisão de rebaixamento da Portuguesa pela escalação de um jogador de irregular na última rodada do Brasileirão, e afirmou que a edição de 2014 da competição está em risco.

— O movimento que está acontecendo é prejudicial ao futebol. E gera uma insegurança absurda. É um movimento para gerar o caos. As declarações dos advogados são no sentido de que, quanto mais ações, melhor. Caso se permita que o judiciário analise, a gente vai ter ações do Brasil inteiro questionando as decisões da Justiça desportiva. Isso acaba com o sistema. É o que estão pretendendo. Aí, acabou. A gente não tem mais Campeonato Brasileiro, afirmou em entrevista ao jornal Extra!.

Para Zveiter, caso a CBF ceda a pressão e resolva fazer um campeonato com 24 clubes, incluindo Náutico, Ponte Preta, Vasco e Portuguesa, o caso nunca terá fim.

— Por mim, a CBF pode fazer o Campeonato com até 100 clubes, mas desde que não faça isso por estar cedendo a uma pressão. Se a CBF ceder, acabou. Se fizer uma competição com 24 clubes, vai permitir que um outro da Série B vá buscar uma liminar na Justiça para subir também

A disputa entre Justiça Comum e STJD teve um novo capítulo nesta sexta-feira (10), quando 42ª Vara Cível de São Paulo determinou que a CBF devolva os quatro pontos perdidos pelo Flamengo pela escalação irregular de André Santos no duelo contra o Cruzeiro.

Entenda o imbróglio jurídico envolvendo o Campeonato Brasileiro

O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) condenou a  Portuguesa à perda de quatro pontos na classificação do Campeonato Brasileiro pela escalação irregular do jogador Héverton na partida contra o Grêmio, em 8 de dezembro. O meia foi suspenso por dois jogos  no dia 6 de dezembro pela expulsão contra o Bahia e teria que cumprir a segunda parte da suspensão contra o Grêmio.

A decisão provocou uma corrida à Justiça comum sob alegação de que  a decisão do STJD feriu o Estatuto do Torcedor, que determina que as decisões da Justiça Desportiva são nulas se não publicadas no site da entidade organizadora da competição.

A suspensão de Héverton só foi publicada em 9 de dezembro, um dia após ele ter entrado em campo contra o Grêmio.

*Informações: R7

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