quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

RN - A cada dez carros levados, em oito, ladrão usa da violência

Os roubos de veículos em que o ladrão faz contato direto com as vítimas e em alguns casos recorrem à violência, como os que resultaram na morte de duas pessoas e ferimentos graves em outras duas em São José do Mipibu e Parnamirim, na noite de ontem, já se tornaram rotina na Região Metropolitana de Natal (RMN). Esse tipo tipo de crime (quando o ladrão recorre ao uso da força mediante, inclusive, ameaças às vítimas com armas brancas ou de fogo) já supera em 4,6 vezes o de furto, situação em que o bem é levado sem a presença do dono. Isso significa dizer que a cada dez veículos subtraídos de seus donos, pelo menos, em oito casos os bandidos usam da violência. 

Os dados são da Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov), que fica situada em  Nova Descoberta. Segundo o delegado da Deprov, Gutemberg Medeiros,  em janeiro deste ano dos 335 veículos levados na Grande Natal, incluindo motocicletas, automóveis, utilitários e caminhões, 60 foram alvos de furtos e 275 de roubos. 

Desse total, o delegado Gutemberg Medeiros disse que o maior número de ocorrências (149) referem-se a motos, o que corresponde a 44,5% do total de veículos furtados e roubados. Outro dado da Deprov é de que em comparação a janeiro de 2013, o número de furtos e roubos de veículos cresceu 12,42%, passando de 298 ocorrências para 335.

Segundo Medeiros, no ano passado a Deprov registrou 3.222 Boletins de Ocorrência (BOs) relacionados ao roubos e furtos de veículos, mas apesar desse número que pode ser considerado alarmante, ele informou um dado até certo ponto alentador para as vítimas – o índice médio de recuperação dos veículos chegou a 52% em 2013 e, no primeiro mês deste ano, o percentual foi a 66,87%.


Para o delegado da Deprov, essa diferença de 215 veículos roubados a mais em relação ao de veículos furtados, deve-se ao fato de que, hoje, o ladrão não encontra mais facilidades para abrir e levar um carro que está estacionado numa rua sem que o proprietário dele se dê conta. Antigamente o ladrão fazia uma ligação direta e saia com o carro. “Os carros mais novos têm chaves de ignição decodificadas, fica mais difícil furtar o veículo”, afirma o delegado.

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