Pacientes com indicação de cirurgia aguardam leitos ou mesmo transferência para a rede privada
Os corredores do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel estavam mais uma vez lotados, na manhã de ontem. Só da ala ortopédica havia 39 pacientes à espera de uma vaga para cirurgia. Na clínica médica eram 32 pessoas amontoadas em macas nos corredores, e na UTI 23 pacientes esperavam atendimento. A explicação da direção da unidade é que a Secretaria Municipal de Saúde, que assina contratos e faz o pagamento aos hospitais privados, prestadores de serviço à rede pública, não estavam cumprindo esse dever e, sem receber, as unidades suspenderam o atendimento à pessoas transferidas de hospitais públicos.
Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde garante que os compromissos junto aos prestadores estão sendo honrados, mas que entraves burocráticos atrasam os repasses. Contudo, para o Município tais atrasos não são motivo para a suspensão da prestação de serviço por parte da rede privada e que caso a prática continue, Poder Judiciário e Ministério Público serão acionados.
Independente dessa briga entre rede pública e rede privada, a maior prejudicada é a população que necessita dos serviços. O agricultor e mototaxista Pedro Ibson Rafael, 45, era um dos 39 pacientes que aguardavam uma cirurgia ortopédica, no Hospital Walfredo Gurgel. Ele é de Bento Fernandes, distante 88 quilômetros de Natal, e está com a perna quebrada desde o dia 24 do mês passado, quando bateu numa vaca, quando pilotava sua moto.
Ontem, deitado numa maca no corredor e com a perna esquerda imobilizada, ele reclamava que está a espera de uma vaga para cirurgia há pelo menos cinco dias. Pedro teme ficar com sequelas se não for operado logo. “Estou há quatro dias esperando uma vaga para ser operado e sei nem quando isso vai acontecer. Soube que parece que só tem vaga em janeiro de 2014. Não quero ficar aleijado, preciso trabalhar”, lamentou o paciente.
Independente dessa briga entre rede pública e rede privada, a maior prejudicada é a população que necessita dos serviços. O agricultor e mototaxista Pedro Ibson Rafael, 45, era um dos 39 pacientes que aguardavam uma cirurgia ortopédica, no Hospital Walfredo Gurgel. Ele é de Bento Fernandes, distante 88 quilômetros de Natal, e está com a perna quebrada desde o dia 24 do mês passado, quando bateu numa vaca, quando pilotava sua moto.
Ontem, deitado numa maca no corredor e com a perna esquerda imobilizada, ele reclamava que está a espera de uma vaga para cirurgia há pelo menos cinco dias. Pedro teme ficar com sequelas se não for operado logo. “Estou há quatro dias esperando uma vaga para ser operado e sei nem quando isso vai acontecer. Soube que parece que só tem vaga em janeiro de 2014. Não quero ficar aleijado, preciso trabalhar”, lamentou o paciente.
Segundo a diretora do hospital, Maria de Fátima Pereira Pinheiro, essa situação se deve primeiro à velha tática de “ambulancioterapia”, como o caso de Pedro, que é morador de Bento Fernandes, mas foi transferido para Natal após um acidente de trânsito na sua cidade. O segundo motivo é o não pagamento por parte do Município aos prestadores de serviço.
“[Semana passada] Houve uma negociação, a SMS pagou o que devia e a Sesap fez um mutirão para dar vazão, mas nesta semana a outra parte do pagamento não foi feito de novo e o atendimento parou. Está tudo parado: baixa, média e alta complexidade, então todos recorrem ao Walfredo. A rede privada é de suma importância para dar vazão aqui”, comentou a diretora.
Fátima Pinheiro diz que com a alta demanda, as filas de espera só aumentam e o hospital, que estava com o estoque de medicamentos garantido pelo menos até março de 2014, já está sob risco de desabastecimento. “Até março não teríamos problemas quanto a medicamentos, mas desde que começou esse problema, no mês de janeiro pode ser que tenhamos problemas de desabastecimento”, adiantou.
Ontem, após reuniões com os ortopedistas do Hospital Walfredo Gurgel, a Sesap anunciou que acatou as solicitações da equipe e vai adotar as devidas medidas administrativas para a complementação de profissionais por meio de remanejamentos, convocação de concursados e contratação emergencial de cooperativa, para que a ortopedia volte a funcionar com três profissionais por plantão, num regime de 7 plantões de 12 horas, conforme recomendação do Ministério Público e do Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern).
A escala emergencial elaborada pela Sesap, que vinha sendo descumprida pela equipe de ortopedistas, estabelece a alternância de dois e três ortopedistas por plantão. A Sesap esclareceu ainda que os problemas nas escalas de ortopediasurgiram após vários pedidos de exonerações e transferências sofridas pela Rede Estadual de Saúde. Somente o HWG perdeu, nos últimos dois anos, 17 ortopedistas.
NÚMEROS
39 pacientes é o número de pacientes no corredor da ortopedia.
32 é o número de pacientes nos corredores da clínica médica.
“[Semana passada] Houve uma negociação, a SMS pagou o que devia e a Sesap fez um mutirão para dar vazão, mas nesta semana a outra parte do pagamento não foi feito de novo e o atendimento parou. Está tudo parado: baixa, média e alta complexidade, então todos recorrem ao Walfredo. A rede privada é de suma importância para dar vazão aqui”, comentou a diretora.
Fátima Pinheiro diz que com a alta demanda, as filas de espera só aumentam e o hospital, que estava com o estoque de medicamentos garantido pelo menos até março de 2014, já está sob risco de desabastecimento. “Até março não teríamos problemas quanto a medicamentos, mas desde que começou esse problema, no mês de janeiro pode ser que tenhamos problemas de desabastecimento”, adiantou.
Ontem, após reuniões com os ortopedistas do Hospital Walfredo Gurgel, a Sesap anunciou que acatou as solicitações da equipe e vai adotar as devidas medidas administrativas para a complementação de profissionais por meio de remanejamentos, convocação de concursados e contratação emergencial de cooperativa, para que a ortopedia volte a funcionar com três profissionais por plantão, num regime de 7 plantões de 12 horas, conforme recomendação do Ministério Público e do Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern).
A escala emergencial elaborada pela Sesap, que vinha sendo descumprida pela equipe de ortopedistas, estabelece a alternância de dois e três ortopedistas por plantão. A Sesap esclareceu ainda que os problemas nas escalas de ortopediasurgiram após vários pedidos de exonerações e transferências sofridas pela Rede Estadual de Saúde. Somente o HWG perdeu, nos últimos dois anos, 17 ortopedistas.
NÚMEROS
39 pacientes é o número de pacientes no corredor da ortopedia.
32 é o número de pacientes nos corredores da clínica médica.
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