Soldados envolvidos contam que foram instruídos a metralhar o corpo
A SOFREP (Forças de Operações Especiais dos Estados Unidos) divulgou na última segunda-feira (10) um relatório que explica as possíveis razões para a falta de imagens do corpo do líder da Al Qaeda.
Ao contrário de outro líder assassinado, Saddam Hussein, as imagens da morte de Osama bin Laden nunca foram liberadas para o público.
De acordo com fontes anônimas dentro da comunidade de operações especiais, as imagens são muito fortes, porque ao contrário do relatos de funcionários e as pessoas envolvidas na operação, as tropas dos Estados Unidos dispararam mais de cem vezes contra o copor depois de matá-lo.
Matt Bissonnette, um ex-membro do SEAL (principal braço das Forças de Operações) envolvido na operação contra Bin Laden, escreveu em seu livro No Easy Day (Dia nada fácil, em tradução livre) que ele e outro membro do grupo foram instruídos para metralhar o corpo, para garantir que Bin Laden estava realmente morto.
Os relatórios iniciais alegaram que dois tiros foram disparados para matar bin Laden. Embora esse número tenha subido em relatórios posteriores, a ideia de que mais de uma centena de balas foram disparadas iria sugerir um alto nível de selvageria e não admitida em nenhuma outra ação anterior.
A SOFREP observa que essas ações violariam as leis da guerra terrestre e construiriam uma tendência preocupante de comportamento militar brutal. As tropas americanas já foram acusadas de atear fogo e urinar em combatentes inimigos mortos.
Apenas um grau extremo de violência explicaria por que a administração de Barack Obama permaneceu tão resistente a ideia publicar as imagens, com medo de uma possível reação contrária aos Estados Unidos.
Uma ONG americana de vigilância política, a Judicial Watch (relógio judicial, em tradução livre) processou a administração americana por não liberar o acesso às fotos, alegando que não há nexo aparente entre as atividades de inteligência dos Estados Unidos e a ideia de que o corpo de Bin Laden tenha sido jogado no mar. Um tribunal federal americano determinou que a CIA não é obrigada a liberar qualquer uma das fotos.
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