O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu se entregou à Polícia Federal por volta das 20h30 da noite desta sexta-feira (15) em São Paulo. O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou sua prisão imediata.
O ex-ministro da Casa Civil chegou à Superintendência da PF acompanhado do advogado e do petista Breno Altman. Ele entrou de carro pelo acesso dos fundos, saiu do veículo e andou até a entrada, na frente do prédio. Não falou com a imprensa, apenas ergueu o punho e bateu no peito.
O ex-ministro José Dirceu se apresenta à Polícia Federal em São Paulo apos receber mandato de prisão
Durante seu deslocamento de Vinhedo (SP) até a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, Dirceu afirmou que "espera justiça no que diz respeito aos direitos dos réus" do julgamento do mensalão tucano --processo que denuncia o financiamento ilegal da campanha à reeleição do governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998.
Segundo interlocutores, o ex-ministro afirmou que os direitos dos condenados pelo mensalão do PT não foram respeitados e que o julgamento do processo, iniciado em agosto de 2012, foi "excepcional".
O advogado de Dirceu, José Luís de Oliveira Lima, criticou o Supremo porque o mandado de prisão não especificou que o ex-ministro deveria ir ao regime semiaberto.
"Foi cometida uma ilegalidade contra o meu cliente", disse. Ele afirmou que irá entrar amanhã com uma representação reclamando disso. Também pretende entrar na segunda-feira com um pedido para que Dirceu, que será levado a Brasília, seja transferido à cidade de São Paulo.
Dirceu foi condenado a sete anos e onze meses de prisão por corrupção ativa --por 8 votos a 2--, e a dois anos e onze meses por formação de quadrilha --por 6 a 4.
Após o STF (Supremo Tribunal Federal) expedir 12 mandados de prisão do processo do mensalão, nove condenados já se apresentaram à Polícia Federal: José Dirceu, José Genoino, Cristiano de Mello Paz, Simone Vasconcelos, Romeu Queiroz, Kátia Rabello, Jacinto Lamas, Marcos Valério e Ramon Hollerbach.
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