O s dados divulgados nesta terça-feira, 26, pela Secretaria
Nacional de Defesa Civil revelam que 1.332 municípios tiveram a situação de
emergência reconhecida pelo Governo Federal por estiagem ou seca, o que
representa 74,2% de todas as cidades nordestinas.
Outros dez municípios da região também decretaram
emergência, mas por erosão marinha ou problemas causados por chuvas, fechando a
lista com 1.342 municípios.
No Rio Grande do Norte, os números revelam que 160 dos 167
municípios do Estado estão em estado de emergência, a maioria em conseqüência
da seca e estiagem.
De acordo com entrevista concedida pelo secretário Leonardo
Rego, titular da Secretaria de Estado Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(SEMARH), além dos 13 municípios que já se encontram com seu sistema de
abastecimento em colapso, outras cidades, como Mossoró, também poderão
enfrentar a mesma situação, caso as chuvas não comecem a banhar o Estado nos
próximos dias (leia matéria na primeira página do caderno Mossoró).
No Rio Grande do Norte, os reservatórios estão com menos de
40% da capacidade total de acumulação de água. Segundo dados da última medição
feita na sexta-feira, 25, da capacidade de 4,9 bilhões de litros, os
reservatórios estão com apenas 1,9 bilhão.
Diante dessa situação, Leonardo Rego afirma que o
Departamento Nacional de Obras Contras as Secas (DNOCS) está determinando o uso
racional de água e uso prioritário para o abastecimento humano. Com isso,
alguns produtores irrigantes terão de reduzir ou suspender a produção, até a
normalização do sistema de abastecimento.
A adutora Jerônimo Rosado, que tem sua água utilizada para o
abastecimento dos municípios do Vale do Açu e Região Oeste do Estado, começa a
reduzir sua capacidade de abastecimento, isso porque o reservatório com
capacidade para armazenar 2.400.000.000m³ está com apenas 37,16 %.
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