No interior de Pernambuco e do Ceará, a Folha encontrou quilômetros da obra de transposição do rio São Francisco que precisam ser refeitos e outros trechos em que a terra nem sequer foi rasgada. Em Mauriti (CE), o canal parece ter sido alvo de bombardeio. O forte calor, associado à falta de uso, rachou as placas de concreto, e a terra que se acumula sobre elas demonstra que ninguém trabalha ali há muito tempo.
As obras naquele trecho eram executadas pela Delta e foram paralisadas em meados do ano passado após denúncias de corrupção envolvendo a empreiteira. Em Floresta (PE), a situação é parecida. As placas de concreto foram remendadas em vez de serem substituídas, e há uma cratera de sete metros de extensão numa das paredes do canal. Onde a terra aparece, a vegetação toma conta.
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