Segundo a polícia, advogado foi morto pela mulher dentro do escritório do casal (Foto: João Paulo Sena)
A mulher do advogado Lafaiete Dantas Júnior, de 44 anos, morto a tiros na manhã desta quarta-feira (18) em Pau dos Ferros, município da região Oeste potiguar, teve a prisão decretada e deve ficar 72 horas sob internação provisória em uma clínica psiquiátrica da cidade. A determinação é da juíza Ana Orgette de Souza Fernandes Vieria, da Vara Criminal de Pau dos Ferros. A magistrada também decidiu que, após o período de internação, a suspeita, que também é advogada, ficará custodiada no Comando Geral da Polícia Militar, em Natal. Segundo o delegado Inácio Rodrigues, que investiga o homicídio, Cleidimar de Oliveira Dantas ainda não prestou depoimento porque permanece em estado de choque. A polícia acredita em crime passional.
O G1 tentou falar com o advogado de Cleidimar, mas ele havia viajado para a Paraíba e não foi possível contato. Segundo o delegado, Klinton Correia Rocha é genro da vítima e foi a cidade de Sousa acompanhar o enterro de Lafaiete.
Lafaiete foi morto com cinco tiros dentro do escritório do casal logo no início da manhã desta quarta. Vizinhos escutaram os disparos e chamaram a polícia. Quando os agentes chegaram ao prédio foi preciso derrubar a porta do escritório. “A advogada estava em choque, caída no chão ao lado do corpo do marido, mas ainda com a arma na mão. Lá mesmo ela recebeu voz de prisão e depois a levamos à delegacia. Ela foi medicada e permanece dopada”, acrescentou Inácio.
O delegado também revelou suspeitar que a advogada pretendia fugir logo após o crime. Dentro do carro da mulher a polícia encontrou R$ 53 mil em espécie. O dinheiro, de acordo com o delegado, foi encontrado logo após ela ser presa. "Não tenho certeza, mas tudo indica que ela pode ter premeditado o crime e estaria pensando em fugir. Por isso ela carregava uma quantia tão alta dentro do carro", revelou. O dinheiro foi entregue aos filhos do casal.
Quanto à arma usada no assassinato, o delegado disse que o revólver, possivelmente um calibre 38, foi enviada para perícia no Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep). “Por enquanto não podemos sequer dizer de quem é ou se a arma é ilegal”, ponderou.
De acordo com relatos de amigos do casal ao delegado, os advogados eram casados há mais de 20 anos e aparentemente tinham um bom relacionamento. O casal é natural da cidade de Sousa, na Paraíba, e tem dois filhos, de 17 e 21 anos.
*G1 RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário