quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Atingida por tremores, cidade do RN tem 14 casas com risco de desabar


Atingida por uma série de tremores de terra, a cidade de Pedra Preta, a 149 quilômetros de Natal, está com 14 casas sem condição de moradia. É o que afirma o coordenador municipal da Defesa Civil, Guilherme Bandeira, que contabiliza 48 residências danificadas, além de prédios públicos. Para viabilizar apoio financeira e reconstruir os imóveis que sofreram danos com os abalos sísmicos, o prefeito da cidade, Luiz Antônio Bandeira, assinou nesta quarta-feira (4) o decreto que coloca Pedra Preta em situação de emergência.
Pedra Preta vem sofrendo com tremores de terra desde outubro. Até agora, mais de 600 abalos já foram registrados pelo Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A maioria, porém, são considerados micro tremores que não são percebidos pela população, sendo apenas registrados pelas estações sismográficas mais próximas do epicentro. O pesquisador Joaquim Ferreira, que integra o Laboratório Sismológico da UFRN, explica que a causa dos abalos em Pedra Preta é a formação geológica do estado. "Todo o Rio Grande do Norte está na borda da bacia potiguar que é uma região que é a mais ativa do Brasil. Por isso, acontecem esses tremores", diz.
Pedra Preta fica localizada na região Central do Rio Grande do Norte, tem 2.600 habitantes, de acordo com o Censo 2010 do IBGE. Destes, 70% residem na zona rural. A cidade é pacata e quase todo mundo se conhece. Em todo o município, há sete escolas: cinco na zona rural e duas na cidade. Uma igreja católica, duas evangélicas e um centro espírita dividem a fé dos moradores. Os postos de saúde são três. A cidade conta com um ponto de apoio para a Polícia Militar, mas não tem delegacia. Cinco policiais se revezam na segurança do município.
 Apesar dos abalos, a rotina da cidade não foi alterada. Escolas, postos de saúde, comércios, prefeitura: tudo continua funcionando normalmente. A única medida adotada foi autorizar a liberação dos alunos em dias de tremores fortes.
"As pessoas não saem dessas 14 casas por falta de condição. Das 48 danificadas, outras 34 precisam de reformas pois as rachaduras passam insegurança para a população", relata o coordenador da Defesa Civil. Bandeira acrescenta que além dos danos a estes imóveis, um posto de saúde também apresenta rachaduras e o ginásio de esportes teve a estrutura totalmente comprometida pelos abalos sísmicos que vêm atingindo a cidade.

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